Provocações levaram a cenas de pancadaria

EXPLOSÃO DE VIOLÊNCIA APÓS O APITO FINAL COM ELEMENTOS ESTORILISTAS REVOLTADOS

ADJUNTO CANARINHO SATURADO

PONTAPÉ DE TIAGO NA DIRECÇÃO DE JEFFERSON INCENDIOU OS ÂNIMOS

O Trofense venceu o Estoril, por 2-1, e ascendeu ao topo da tabela, mas a concretização de tal resultado foi tudo menos pacífica.

Os minutos finais ficaram marcados por várias provocações - os treinadores têm versões diferentes sobre quem as proferiu -, que conduziram a uma verdadeira explosão de violência após o apito final. Em toda a 2.ª parte os ânimos estiveram exaltados, mas a situação agravou-se quando o banco canarinho protestou de forma exaltada uma decisão de Marco Ferreira, aos 90'+2. O árbitro deixou seguir um lance em que Tiago jogou a bola com a barriga, em cima da linha de golo, mas Vinícius Eutrópio e restante elenco julgavam ter sido com a mão, estalando aí a revolta.

Pontapé de Tiago na direcção de Jefferson incendiou os ânimos

Em resposta aos protestos contínuos, Tiago pontapeou com força uma bola na direção de Jefferson, que estava caído por ter sofrido uma carga. A bola foi parar ao banco do Estoril, incendiando mais os ânimos. Após o apito final, os estorilistas recusaram-se a recolher aos balneários, tirando satisfações com os do Trofense, sobretudo Tiago, expressando a revolta provocada pela conduta dele.
Apesar de alguns atletas da casa tentarem evitar a confusão, a cena de pancadaria foi inevitável, com vários jogadores de ambas as equipas envolvidos. Com os canarinhos a fazer uma "espera" no túnel de acesso aos balneários, os homens da casa permaneceram alguns minutos no relvado.

JOGO
O encontro começou com o Trofense determinado a vencer, mas o Estoril revelou-se mais eficaz e chegou ao golo por Paulo Sérgio. Os da casa reagiram quase de imediato, com Nildo (40') e Bahin (48') a acabarem por consumar a reviravolta, em dois lances em que Serginho se mostrou preponderante. Aos 54' Paulo Sérgio ainda atirou à trave, mas o resultado não sofreu alterações, apesar das várias oportunidades dos visitantes.

Adjunto canarinho suturado

Pedro Cavalcante, adjunto do Estoril, teve de ser suturado na cabeça, ao que tudo indica depois de ter sido atingido por um bastão das forças policiais durante a confusão.
A entrada da comitiva canarinha para o autocarro apenas aconteceu com escolta policial, já que vários adeptos do Trofense ficaram nas imediações do recinto após o final do jogo.
Os responsáveis do Estoril ponderam fazer queixa de Tiago, Varela e João Dias, por constantes insultos durante o jogo, conforme disse Vinícius Eutrópio.

“O banco do Estoril provocou constantemente os nossos jogadores, os quais tentaram fugir das agressões. Foram comportamentos indignos após um jogo sem casos” Porfírio Amorim (Trofense)

“Nunca vi nada assim! O árbitro não teve coragem para assinalar dois penáltis a nosso favor. Dois jogadores do Trofense estiveram sempre a insultar-nos” Vinícius Eutrópio (Estoril)

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