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domingo, 26 de agosto de 2012

Estoril empata com Paços de Ferreira

O Estoril-Praia e o Paços de Ferreira empataram, este domingo, a uma bola, em jogo da segunda jornada da I Liga.

Um pontapé de Antunes não foi parar à bancada porque não existe bancada atrás da baliza sul na Amoreira. Outro pontapé de Antunes resolveu a primeira parte entre Estoril e Paços de Ferreira, no regresso a Liga ao António Coimbra da Mota. Esse remate de canhota do lateral-esquerdo era feito inédito ao intervalo, porque nunca o Paços tinha ganho no terreno estorilista. E também não foi neste domingo que o conseguiu.
O Estoril fez três alterações em relação ao onze que perdeu no Algarve, com o Olhanense. João Paulo entrava para a frente de ataque, Elizeu para o meio, Bruno Nascimento para o centro da defesa. Uma troca por setor, a última forçada pela lesão de João Pedro. Ainda assim, o assédio inicial pertenceu à equipa da casa.

Licá e Luís Leal estavam deslocados nas alas e a estratégia do Estoril passou muito por eles. Licá teve o primeiro lance de perigo e o segundo originou essa jogada e concluiu uma outra, mais tarde, na melhor ocasião estorilista. O remate ao lado de Leal acordou o Paços, que só tinha tentado o golo por Vítor, de longe.

Aliás, rematar de fora da área foi uma tendência deste Paços equipado à Vasco da Gama. Se não ia com muito jeito, ia com a força. Cícero bateu demasiadas vezes contra os centrais do Estoril, mas o miolo pacense equilibrava, até porque o desacerto dos médios do Estoril no passe assim o permitia. E foi quando se mediam forças no meio-campo que surgiu o 1-0. Antunes teve fé no remate e bateu Renan com um remate de fora da área. O intervalo bateu à porta logo depois.

RAPIDEZ PELA PRESENÇA NA ÁREA
Saiu João Paulo (sofreu um toque no primeiro tempo), entrou Tony Taylor e o Estoril mudava um pouco o figurino no ataque. Não mudou de tática, atente-se, mas trocar os metros de João Paulo pela rapidez de Luís Leal tinha de trazer algo diferente, obviamente.
No primeiro tempo, quando pressionado, o Estoril não hesitou em jogar longo. Agora, teria necessariamente de ser diferente. Quando Marco Silva tirou Elizeu, perdeu presença física, mas colocou Carlos Eduardo para haver mais bola pelo chão. E foi assim que o Estoril teve duas grandes ocasiões para empatar. Uma por Jefferson, que Cássio safou, outra por Luís Leal, desperdiçada na malha lateral.

Até que chegou o momento polémico e indecifrável do jogo. Lançamento lateral, aglomerado de jogadores na área e Tony Taylor tenta dominar a bola. O juiz assinala uma infração, por mão na bola, um lance que não se conseguiu perceber da bancada e que só, provavelmente, imagens televisivas consigam decifrar.

Pouco importado, Steven Vitória apontou o 1-1 de penalty. A seguir, ainda houve duas expulsões, uma para cada lado. E até final só houve um pensamento lógico, quando Vítor isolou Cícero. O ponta de lança falhou na cara de Renan e o empate ficou até final. Ou seja, a tradição manteve-se: o Estoril não perde com o Paços na Amoreira.

A FIGURA: LUÍS LEAL
O Estoril preferiu o lado direito do ataque para chegar à área de Cássio. Luís Leal esteve bastante em jogo durante os primeiros momentos do encontro. Rápido, fugiu a Antunes muitas vezes e conseguiu sempre receber a bola em condições, viesse ela longa ou mais curta. Cruzou várias vezes e atirou com estrondo à baliza pacense, num remate que passou ao lado, mas que culminou a melhor jogada da equipa da linha no primeiro tempo. Passou depois para a direita e aí desapareceu, estranhamente até ao intervalo. Ressurgiu no segundo tempo, no meio, apareceu em boa posição para faturar, mas falhou de novo. Pelo que fez merecia o golo, porque foi o jogador mais perigoso em campo.

O MOMENTO: MINUTO 73
O Paços vencia por 1-0, o Estoril já merecia a igualdade e chegava perto da área de Cássio. Quando Manuel Mota assinalou grande penalidade, a equipa da casa empatou, mas o lance do penalty deixou muitas dúvidas, sem se perceber a falta, nem quem a cometeu.

CARLOS EDUARDO E TONY TAYLOR
Entradas determinantes para mudar o jogo do Estoril. Com o primeiro, a equipa da casa começou a ter mais bola, jogou seguro e junto à relva, e fez subir, até, a exibição de Hugo Leal que tinha alguém que o entendia. Com Taylor, o Estoril teve um ataque mais móvel e chegou ao golo, pela tal penalidade em que o norte-americano esteve envolvido.

LICÁ
O futebol do Estoril passou quase sempre pelos extremos. O camisola 88 foi menos expedito que Luís Leal, mas também teve boas incursões na defensiva pacense. Faltou-lhe ser certeiro na zona de decisão, mas emprestou rapidez e toque de bola de primeira para a equipa subir. Acabou ao meio depois da expulsão de Steven Vitória.

Equipas:
Estoril-Praia: Renan, Anderson Luís, Steven Vitória, Bruno Nascimento, Jefferson, Gonçalo, Hugo Leal (Gerso, 73), Elizeu (Carlos Eduardo, 59), Luís Leal, João Paulo (Tony Taylor, 46) e Licá.
(Suplentes: Mário Matos, Mano, Bruno Miguel, João Coimbra, Carlos Eduardo, Gerso e Tony Taylor).
Treinador: Marco Silva.

Paços de Ferreira: Cássio, Tony, Javier Cohene, Ricardo, Antunes, André Leão, Vítor (Tiago Valente, 90+2), Luís Carlos, Manuel José (Filipe Anunciação, 81), Cícero e Hurtado.
(Suplentes: António Filipe, Tiago Valente, Josué, Caetano, Jaime Poulson, Diogo Figueiras e Filipe Anunciação).
Treinador: Paulo Fonseca.

Árbitro: Manuel Mota (Braga).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Steven Vitória (61 e 85), Luiz Carlos (63 e 78) e Hurtado (84). Cartão vermelho, por acumulação de amarelos, para Luiz Carlos e Steven Vitória.

Assistência: 1.249 espectadores.