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domingo, 29 de novembro de 2009

Lulinha revela desejo de continuar a jogar na Europa

Lulinha, médio ofensivo do Estoril, afirmou, esta quarta-feira que está satisfeito com a oportunidade de jogar em Portugal e diz que pretende continuar a jogar na Europa, na próxima época. O jogador brasileiro foi cedido pelo Corinthians ao Estoril.



Em declarações ao ‘Terra’, o médio revela-se satisfeito pela sua estadia no país: “Cheguei bem a Portugal, porque a língua ajuda muito. Fui bem recebido no clube onde estou e a adaptação foi melhorando cada vez mais com a passagem dos meses. Agora é que vai ficar um pouco mais difícil por causa do frio”.

Quanto à sua experiência no clube, o jogador diz que: “Eu estou aqui, fazendo um bom trabalho no meu clube, então a intenção é me manter aqui sim. Claro que sei que tenho contrato com o Corinthians e isso não depende só da minha vontade. Não vou falar que não penso em voltar, eu penso sim em voltar ao Corinthians, mas já que minha carreira está sendo construída na Europa eu quero me desenvolver cada vez mais aqui”.


Notícia na íntegra:

Lulinha diz que chorava em casa e jogava fora de posição no Corinthians

Em 2007, a maior promessa do Corinthians tinha 17 anos e atendia pelo nome de Lulinha. O garoto subiu ao profissional com status de craque e logo foi catapultado ao estrelato. As cifras de seu contrato acompanharam a ascensão: o valor da multa rescisória foi estipulado em US$ 50 milhões. Porém, o desempenho do jogador que havia feito 297 gols nas bases do clube e da Seleção Brasileira não correspondeu às enormes expectativas que envolviam seu nome.

Lulinha, em dois anos como profissional no Corinthians, marcou apenas dois gols e participou do episódio mais negro da história do Parque São Jorge: a queda para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, em 2007. O atleta também não foi capaz de se firmar na vitoriosa equipe montada pelo treinador Mano Menezes, que resgatou a grandeza do clube em 2008 e 2009.

Hoje, emprestado por 10 meses para o modesto Estoril, da segunda divisão de Portugal, Lulinha almeja uma nova fase. Em conversa franca com a reportagem do Terra, ele, atualmente com 19 anos, contou sobre a boa fase que vive na Europa, onde já balançou as redes quatro vezes, sem esquecer sua dramática passagem pelo Corinthians e o fantasma da queda para a Série B, que ainda o atormenta.

Em tom de desabafo, Lulinha confessou que era escalado por Mano em uma posição que não gostava de atuar e que isso prejudicou seu desempenho. Disse também que sofria com a pressão exercida sobre ele e que chegava, inclusive, a ficar trancado em casa chorando por não conseguir desenvolver um bom trabalho no elenco principal.

O jogador contou sobre a falta de confiança que sentia no time paulista e falou sobre o atual momento corintiano. Mesmo admitindo o sonho de disputar a Copa Libertadores em 2010, Lulinha não se mostrou muito esperançoso em um retorno breve. "Não é que eu queria sair, eu precisava sair do Corinthians", afirmou.

Terra - Como foi sua chegada a Portugal e sua adaptação?
Lulinha -
Minha chegada a Portugal foi boa, tudo também porque a língua ajuda muito. Fui bem recebido no clube onde estou e a adaptação foi melhorando cada vez mais com a passagem dos meses. Agora é que vai ficar um pouco mais difícil por causa do frio.

Terra - Como você avalia seu desempenho dentro de campo atualmente? É muito diferente do que era no Corinthians?
Lulinha -
Estou me sentindo tranquilo para jogar. Hoje eu estou com muita confiança para jogar, o treinador me dá muita liberdade dentro de campo para correr, para jogar, para finalizar, então acho que hoje eu estou tendo a confiança que eu não tinha no Corinthians.

Terra - Por que faltava confiança no Corinthians?
Lulinha -
Na época que eu subi para o profissional o Corinthians não estava tão bem, então a pressão acabou sendo mais forte. E a confiança de um jogador é uma coisa muito complicada. Quando você perde a confiança é muito difícil de recuperar. Hoje, aqui em Portugal, estou com a confiança muito boa, quando entro em campo já entro com um pensamento mais positivo, de fazer o melhor para a equipe, de fazer gols.

Terra - Mas o que exatamente abalou sua confiança?
Lulinha -
Conta muito a queda do Corinthians para a Série B. Acho que isso mexeu não só comigo, mas com muita gente e na época eu tinha apenas 17 anos, o Corinthians nunca tinha sido rebaixado e eu estava lá quando aconteceu. Bem no ano que a gente subiu, que queria ter glória, títulos e isso não aconteceu. O que tem que acontecer acontece. Mas é claro que eu fico triste por não ter feito muita coisa no Corinthians. Aquilo que esperavam de mim infelizmente acabou não acontecendo no profissional. Mas eu tenho contrato no Corinthians ainda até o final de 2011 e estou aqui no Estoril de empréstimo. E estou trabalhando forte, para que as coisas possam dar certo aqui na Europa agora.

Terra - A badalação com que você chegou ao profissional, o alto valor da sua multa (US$ 50 milhões), a expectativa, essas coisas mexeram com sua cabeça?
Lulinha -
Vou ser bem sincero: com a minha cabeça não mexeu. Mas acho que quando as pessoas ouviram tudo isso, que o Lulinha era uma promessa, que o Lulinha valia US$ 50 milhões, então as pessoas esperavam aquilo do Lulinha. Infelizmente, quando eu não agia da maneira que os torcedores queriam, ficava aquela má impressão, de que vale US$ 50 milhões e não está fazendo nada. Mas a minha cabeça sempre foi muito tranquila, eu sei que essa multa foi mais para me preservar na época, porque algumas equipes da Europa já estavam atrás, então o Corinthians quis me preservar no clube mesmo.

Terra - Restou alguma mágoa em relação ao Corinthians?
Lulinha -
Não tenho mágoa de ninguém. Acho que todo mundo sabe o que faz. As coisas não tinham que acontecer do jeito que aconteceram no Corinthians. Infelizmente nada deu certo para mim na época. Mas eu tenho 19 anos e acho que tudo ainda vai dar certo na minha carreira. Minha adaptação em Portugal vai muito bem, agora minha mãe está aqui comigo e minha noiva também, então está sendo muito bom.

Terra - Você subiu junto com o Dentinho, seu amigo. Porém, ele chegou mais escondido, sem tanto destaque. Teria sido melhor se o mesmo tivesse acontecido com você? Isso foi determinante para ele dar certo e você não?
Lulinha -
O Dentinho subiu sem tanta esperança dos gols e não teve tanta pressão como eu tive. Todo mundo estava focado no Lulinha como o salvador do Corinthians, do rebaixamento. Sei que o torcedor tem muita mágoa disso, por causa do rebaixamento, que ficou muito marcado. Eu fazia parte desse grupo que caiu e isso ninguém pode apagar. Mas ninguém vê que na época eu tinha 17 anos, que vivia uma pressão enorme para tirar o Corinthians daquela situação. Já o Dentinho não teve tanta pressão no começo da temporada, quando ele subiu.

Terra - Como você reagia naquela situação, durante aquele período de dificuldades?
Lulinha -
Eu ficava muito triste. Estava no Corinthians há quase 11 anos, praticamente nasci lá dentro. Então era difícil quando você via aquela pressão e as coisas acontecendo totalmente erradas, o barco afundando cada vez mais. Parecia que não tinha salvação, mas nós, jogadores, ainda tínhamos esperança de dar certo. Quando eu chegava em casa ficava trancado, no quarto, muitas vezes chorando. Mas teve minha família que me apoiou sempre, naquele momento que foi tão complicado.

Terra - Qual foi a maior diferença que você sentiu quando saiu da base para o profissional?
Lulinha -
A diferença é a experiência. A experiência de um profissional não se compara a de um jogador de 17 anos. Claro que isso não é desculpa nem justificativa, porque passei quase dois anos no profissional. Simplesmente não aconteceu, não era para acontecer. Hoje já sou um cara mais maduro, mais tranqüilo, mas ainda tenho muito para amadurecer, só tenho 19 anos e espero muita coisa por acontecer ainda na minha carreira. E também não sou um cara desesperado, sei aguardar as coisas, o momento certo de acontecer.

Terra - Você jogava na posição que gostava com o Mano Menezes? Na base você atuava mais adiantado.
Lulinha -
Na verdade eu não estava jogando na posição que eu joguei nas categorias de base. Na base eu jogava solto, jogava com liberdade, sem muita obrigação de marcar. Já com o Mano, a equipe toda tem que marcar. Ele monta um esquema com os atacantes abertos sempre acompanhando os alas adversários. Essa posição era um pouco mais desgastante do que a que eu jogava na base. Mas isso a gente entende, é a tática do Mano, o jeito que ele acha que a equipe joga melhor e a equipe ganhou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil.

Terra - Jogar fora da sua posição atrapalhou seu desempenho?
Lulinha -
Pode ter atrapalhado meu desempenho sim. Mas é como estou falando: o Mano não vai pensar no Lulinha, ele vai pensar no grupo. Ele achou que os jogadores que tinha na mão fariam melhor desse jeito. Sempre que ele me colocava eu corria, batalhava, lutava, fazia o meu melhor para que as coisas pudessem dar certo. E às vezes ali, naquela posição, eu não chegava tanto na área para finalizar nem nada, o que era nítido. Depois vinham as cobranças de gol, porque eu tinha tantos gols na base e não fazia no profissional. Então acho que prejudicou um pouco aquela posição que não chegava tanto na área para finalizar.

Terra - Você chegou a questionar seu posicionamento no campo com o Mano?
Lulinha -
Para ser sincero, eu nunca cheguei no Mano e falei que não estava gostando da posição em que estava jogando, que não era a minha posição. Porque eu acho que estou ali para fazer o que ele manda. Se ele mandar eu jogar de zagueiro eu vou jogar, porque o jogador quer sempre estar jogando, sempre dentro dos 11 titulares. E como na Série B e em alguns jogos do Paulista eu fui titular jogando naquela posição, não tinha motivo para falar que não estava me sentindo bem, porque ia ser difícil ele me encaixar em outra posição, até porque os outros jogadores estavam arrebentando.

Terra - Você tem acompanhado os jogos do Corinthians de Portugal?
Lulinha -
Eu tenho acompanhado sim. É aquele negócio: agora que já tem vaga para a Libertadores, que é o que todos os torcedores querem, final de temporada, tem que tentar entrosar cada vez mais a equipe para o ano que vem para a Libertadores, que é o sonho de todo corintiano. E meu sonho também.

Terra - Você ainda tem esperanças de estar no grupo que vai disputar a Libertadores em 2010?
Lulinha -
Quando eu estava na base eu achava que não iria sair do Corinthians sem conquistar essa Libertadores para a torcida. Mas depois que a gente sobe para o profissional, vemos que não é bem assim. As coisas são diferentes, às vezes acontecem quando você não quer. Mas o que eu mais queria era estar no grupo que ganhar a Libertadores, porque sei que os jogadores irão ficar para sempre na memória da torcida. Acho que o objetivo do time agora é outros jogadores, com certeza ano que vem vão chegar mais jogadores, com experiência, mais rodados, que já disputaram Libertadores. Para mim vai ficar mais difícil, mas quem sabe. A gente espera, vamos ver o que pode acontecer.

Terra - Você acha que era o momento certo de sair do Corinthians?
Lulinha -
Sinceramente, foi o melhor momento para sair. Eu precisava. Não é nem que eu queria sair, eu precisava sair. Precisava sair um pouco da pressão, respirar outros ares, outros ambientes, como estou fazendo em Portugal. Eu estava no Corinthians há 11 anos e as coisas não estavam dando certo. Ficava aquela dúvida se tinha que sair ou ficar, mas vi que precisava sair. Aqui eu estou muito bem, fui muito bem recebido, tem muitos brasileiros no grupo e a adaptação foi muito rápida. O meu clube revela muitos jogadores, não só para Portugal, mas para toda a Europa. E eu estou bem aqui, fazendo bons jogos.

Terra - Sua situação no Corinthians era insustentável, não tinha como esperar mais para sair?
Lulinha -
Não tinha como se mexer mais. Você imagina um jogador que está no banco de reservas sendo xingado pela torcida, aí você entra no jogo, erra dois passes e é xingado pela torcida. Então aquilo acaba sufocando o jogador. Se eu errasse um passe, sabia que ia ser xingado, sabia que iam me cobrar lá de cima. É claro que o jogador não tem que entrar em campo pensando na vaia da torcida. Mas querendo ou não, isso influencia muito. É uma pressão enorme que eu estava carregando no Corinthians nesses dois anos depois da queda para a Série B. Antes eu jogava tranquilo, com confiança, subi bem da base, com moral, mas depois, infelizmente, foi só coisa ruim no Corinthians. Claro que vieram os títulos (Série B, Paulista e Copa do Brasil), eu tenho as medalhas guardadas, mas foi aquilo, participei apenas de alguns jogos, poderia ter sido melhor para mim.

Terra - Você não se considera parte integrante da conquista dos títulos?
Lulinha -
Eu considero os títulos como meus, eu estava no grupo, participei de jogos, mesmo porque aquele grupo era muito bom, unido, confiante. Quero o melhor para todos eles. Mas é aquele negócio: o jogador no banco vai comemorar o título da mesma maneira que os outros, mas é diferente, infelizmente é diferente.

Terra - Você sofria cobrança da diretoria?
Lulinha -
Nunca existiu cobrança da diretoria. Nunca vice-presidente ou presidente falou alguma coisa para mim. Eles sempre me respeitaram, sempre conversaram comigo, me passaram confiança. O Andrés principalmente, o Mário Gobbi também, para que eu pudesse estar cada vez crescendo mais.

Terra - Você tem medo de ficar esquecido no Estoril?
Lulinha -
Às vezes na vida temos que arriscar. Eu sabia que o Estoril não era um dos grandes clubes de Portugal, sabia que não jogava grandes ligas. Mas eu sabia que ia ter muita gente de olho e só dependia de mim mostrar meu futebol para essas pessoas. Eles sabem que tenho 19 anos, que posso crescer no futebol. Quando meu empresário (Vágner Ribeiro) falou do interesse do Estoril decidi arriscar, porque se eu continuasse no Corinthians não iria sair do lugar. Às vezes é melhor dar dois passos para trás e depois dar dez para a frente do que ficar estacionado no mesmo lugar.

Terra - Como você se sente dentro de campo jogando pelo Estoril e se destacando?
Lulinha -
Cada gol que eu faço aqui é uma felicidade. Não tem muitos torcedores como no Corinthians, mas cada gol é como se eu estivesse fazendo para 50 mil pessoas. Para mim é muito importante jogar bem, dar passe, correr, participar do jogo. Fisicamente também estou bem. Desde que virei profissional, esta é a época em que estou tendo mais ritmo de jogo, já são 11 jogos atuando direto. No Corinthians eu não estava fazendo isso. Jogava um jogo, ficava três sem jogar, depois entrava 15 minutos em outro jogo. Para o jogador é muito importante ter ritmo de jogo para ganhar confiança e conseguir fazer os gols.

Terra - Se não voltar ao Corinthians, você pretende continuar na Europa?
Lulinha -
Eu estou aqui, fazendo um bom trabalho no meu clube, então a intenção é me manter aqui sim. Claro que sei que tenho contrato com o Corinthians e isso não depende só da minha vontade. Mas a minha vontade é jogar futebol, é fazer aquilo que eu gosto. Mas não depende só de mim. O Corinthians foi o clube que abriu as portas para mim, tenho um bom contrato e agradeço muito ao Corinthians. Infelizmente as coisas não deram certo para mim. Não vou falar que não penso em voltar, eu penso sim em voltar ao Corinthians, mas já que minha carreira está sendo construída na Europa eu quero me desenvolver cada vez mais aqui.

Terra - Você voltaria para algum outro clube brasileiro?
Lulinha -
É como eu disse, não depende só de mim, depende do Corinthians, de negociação. Vamos esperar e ver o que acontece. Se surge alguma proposta até o final do empréstimo. Se em janeiro surgir alguma coisa, vamos analisar.

Terra - Você tinha esperanças de ser convocado para a Seleção Brasileira Sub-20, que foi vice-campeã no Mundial?
Lulinha -
Sinceramente, eu tinha esperança de ser convocado quando estava no Corinthians, mas quando vim para o Estoril não. Mas acabei não sendo convocado para nada, nem para treino. Porque na época do Corinthians eu estava fazendo alguns jogos, fiz alguns gols. Mas às vezes o treinador tem a base do time e não muda. Acho que por tudo que eu tinha feito na Seleção Sub-17, da minha história, acho que merecia uma chance. Mas tudo bem, assisti aos jogos, à final, joguei com vários deles na Sub-17 e estava torcendo. Infelizmente, o título não veio.

Terra - Do que você sente mais falta aí em Portugal?
Lulinha -
Sinto muita falta da minha família. Minha noiva está aqui comigo agora, vamos casar no final do ano no Brasil. Minha mãe esteve aqui, mas já voltou e meu pai eu ainda não vi desde que vim para Portugal. Tem os amigos também, sempre estou falando por telefone com eles, falo sempre com o Dentinho.

Terra.com.br


   



3 comentários:

O MELHOR JOGADOR DE TODOS OS TEMPOS !!!!!!!!!!!
MEU HOMI DO CABELINHO DURO !!!!
EU TE AMO DEMAIS !!!!!!
GOSTOSO !!!

Blz lulinha tudo bem ai com vc, aqui é o toninho pai do murilo goleiro . boa sorte ai e de um abraço no seu pai e na sua mão. valei

Lulinha vc tem que crescer muito profisssionalmente e ficar com menos soberba para jogar no corinthians, humildade sempre.Esta experiencia no Estoril será ótima para vc e quando voltar poderá ser um grande ídolo da fiel, pois potencial e talento vc tem.
BOA SORTE.